Doenças da Próstata

A próstata é uma glândula que faz parte do aparelho reprodutor masculino. Ela fica abaixo da bexiga e acima do reto, englobando toda a primeira porção da uretra. A próstata colabora com a produção do líquido  seminal.

Um dos problemas mais comuns da próstata é o seu crescimento benigno com o passar dos anos, podendo por vezes comprimir a uretra e causar dificuldade para urinar (Hiperplasia Prostática Benigna ou HPB).

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

Esta doença pode levar a um aumento tão importante do tamanho da próstata que o indivíduo passa a ter dificuldade em urinar. Sintomas relacionados à bexiga:

Sintomas – Estão divididos em dois grupos e podem ser obstrutivos ou irritativos.

Obstrutivos – Relacionados à obstrução do fluxo urinário. Os mais comuns são jato urinário fraco e intermitente (com interrupções), esforço para urinar, dificuldade ou demora em iniciar a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Irritativos – Relacionados à irritabilidade da bexiga, que é decorrente do aumento da massa muscular da bexiga, e os mais comuns são: aumento da frequência urinária, necessidade de acordar várias vezes à noite para urinar, presença de sangue na urina, dor e causa de queimação no ato de urina, necessidade urgente de urinar.

Se o homem apresenta um ou mais desses sintomas, independente de idade, deve procurar um urologista para buscar o diagnóstico correto. Na maioria dos casos, os sintomas são passíveis de tratamento clínico por meio da utilização de medicamentos, ou em alguns casos através de cirurgia, ambos com elevado índice de sucesso.

Tratamento – A seleção do tratamento é feita tendo em vista as condições clínicas do paciente, o tamanho da próstata, os danos causados ​​ao aparelho urinário, a gravidade dos sintomas, a presença de complicações relacionadas à hiperplasia prostática benigna e a preferência do indivíduo.

Pacientes com sintomas leves, sem alterações de qualidade de vida e sem complicações, podem ser observados com acompanhamento regular. Já para aqueles com sintomas moderados ou intensos, será indicado para tratamento medicamentoso. Indivíduos com sintomas graves e/ou complicações da hiperplasia prostática benigna (retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico, clínica urinária, dilatação do sistema urinário, sangramento urinário persistente e associação de cálculos ou divertículos na bexiga) são candidatos ao tratamento cirúrgico.

O tratamento medicamentoso basicamente é realizado com os dois tipos principais de medicação: os inibidores da 5-alfa-redutase (que bloqueiam a conversão da testosterona em sua forma ativa) e os alfa-bloqueadores, que configuram o tônus ​​muscular situado ao redor da próstata.

A Ressecção Transuretral da Próstata (TURP), é a cirurgia mais comumente utilizada para o tratamento da hiperplasia prostática benigna e consiste na retirada de fragmentos do tecido prostático por via uretral, com consequente desobstrução do fluxo urinário.

Como alternativa à Ressecção Transuretral competente tem o tratamento com laser. É um procedimento menos traumático que ressecção transuretral, oferece menos riscos e propicia menor tempo de hospitalização e recuperação mais rápida do paciente, muitas vezes com alta no mesmo dia e sem necessidade de uso sonda.

CÂNCER DE PRÓSTATA

Outro problema que acomete a próstata é o câncer. 

O câncer de próstata é o tumor maligno mais comum do homem e estima-se que um em cada seis homens vai desenvolver uma doença ao longo da vida.

Não se sabe exatamente o que causa o câncer de próstata. Sabe-se que não é uma doença contagiosa e que alguns fatores de risco fazem com que certos homens tenham mais chance de desenvolvê-la.

Fatores de risco:

Idade – Idade é o fator mais importante, sendo raro antes dos 45 anos e mais comum após os 60 anos.

História familiar – Se um parente de primeiro grau (pai ou irmão) já relativo à doença, o risco é maior.

Raça – Acredita-se que a questão racial pode ser importante no desenvolvimento do câncer de próstata. A doença é mais comum entre negros. Nos países orientais é menos frequente, porém essa baixa incidência pode não ter exclusivamente o fator racial como justificativa, já que os orientais que migram para o ocidente e adquirem hábitos locais apresentam o risco de câncer de próstata progressivamente maior nas gerações subsequentes.

Dieta – Alguns estudos avançados afirmam que o câncer de próstata está relacionado à dieta rica em carne e gordura animal, enquanto que a dieta rica em frutas e vegetais poderia ser um fator protetor. Condições como crescimento benigno da próstata, obesidade, tabagismo, ter realizado vasectomia, uma infecção viral da próstata e a falta de exercícios físicos não são considerados fatores de risco.

Como então me cuidar?

Detecção precoce   – Como o câncer de próstata em estágio inicial normalmente não causa sintomas, deve se tentar descobrir a doença antes dos sintomas aparecerem. Para isso, preconiza-se a realização do exame da próstata pelo toque retal e coleta de um exame do sangue, o PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico).

As diretrizes brasileiras alcançadas são para que homens a partir dos 50 anos de idade procurem um urologista para investigar a saúde da glândula. Para aqueles com histórico de câncer na família recomenda-se aos 45 anos.

Principais exames:

Exame de toque – Também conhecido como exame digital da próstata, é realizado pelo médico para identificar áreas endurecidas na próstata e outras mudanças que podem levá-lo a suspeitar de câncer. Dura poucos segundos e indolor.

PSA – O PSA é uma proteína, localizada pela próstata e que pode ser mensurada no sangue. É utilizado como marcador do câncer de próstata, sugerindo a presença da doença principalmente quando o valor total está maior que 2,5 ng/ml.

No entanto, pode aumentar em outras doenças da próstata, como no crescimento benigno e na prostatite (infecção e inflamação da próstata).

No caso de dúvidas, outros exames podem se preparar e variar caso a caso, como por exemplo: Ressonância Magnética, Estudos de Medicina Nuclear e até mesmo uma biópsia (retirada de pequenos fragmentos por agulha fina introduzida pelo reto) guiada por ultrassom, que é feita com sedação. Nesse caso, os fragmentos são removidos por um médico patologista que atesta a existência ou não do câncer.

Um exame de biópsia negativo não exclui totalmente a presença do câncer, e outras biópsias podem ser exigidas dos outros dados clínicos e fatores de risco.

Se o diagnóstico de câncer é confirmado pela biópsia, são realizados então uma série de outros exames que determinam se a doença está localizada na próstata, se está um pouco além dos limites da próstata, ou se células malignas já se espalharam para órgãos outros.

Como opções de tratamento vão depender dessas respostas.

Doença localizada – É o estágio que pode oferecer como maiores chances de cura. Existem algumas opções de manejo da doença a serem discutidas:

Cirurgia– É chamada de prostatectomia radical. Consiste na remoção completa da próstata, vesículas seminais e eventualmente dos gânglios linfáticos que podem estar comprometidos. Depois da remoção da glândula, uma bexiga é conectada à uretra através dos pontos, e deixa-se uma sonda que sai pelo orifício do pênis. Esta sonda drena a urina, protege os pontos realizados e permanece após a cirurgia por um tempo que varia de cinco a 14 dias. Na cirurgia, pode-se ou não preservar os nervos responsáveis ​​pela ereção que passam muito perto da próstata e isso depende principalmente das condições locais, do método cirúrgico escolhido e principalmente da suspeita ou não da invasão dos nervos pelo tumor. A cirurgia pode ser feita da forma convencional, por via perineal, por vídeo laparoscopia ou mais modernamente através de Cirurgia Robótica.

Convencional – consiste em um corte abdominal realizado abaixo da cicatriz umbilical até próxima do osso acima da base do pênis.

A via perineal consiste em uma incisão entre o escroto e o ânus, com acesso direto à próstata.

A via laparoscópica consiste em um acesso abdominal por meio de quatro ou cinco incisões de 5mm a 10mm, com insuflação de gás e visão do campo cirúrgico por um monitor conectado a uma micro câmera inserida no abdômen por um furo.

A cirurgia robótica é considerada uma evolução da técnica laparoscópica. É realizado com o auxílio de um robô (chamado Da Vinci). Veja o tópico específico sobre cirurgia robótica

Radioterapia – Consiste na aplicação de radiações direcionadas para a próstata.

E quando a doença não está mais no estágio inicial?

Doença localmente avançada – Quando o tumor ultrapassa os limites da glândula, existem possibilidades de tratamento a serem tratadas e discutidas, como o bloqueio hormonal, cirurgia e radioterapia, e eventualmente a combinação de métodos.

Doença metastática – Quando se identifica locais de disseminação do tumor para outros órgãos, como nos ossos, por exemplo, o tratamento geralmente consiste no bloqueio de hormônio masculino (testosterona). As células malignas na próstata crescem estimuladas pela testosterona e o bloqueio desse hormônio pode fazer com que o tumor em qualquer local do corpo regrida e fique latente. Existem várias formas de realizar ou bloquear o hormônio, e o procedimento a ser adotado, bem como seus possíveis efeitos, deve ser discutido com o médico. Quando a doença já não responde à hormonioterapia, a quimioterapia atual é eficaz no tratamento de sintomas, não havendo nenhum aumento da expectativa de vida dos pacientes com câncer de próstata.

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